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27.11.12

O que me mata



Mais um da série dos rascunhos perdidos...
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Gostaria de poder dizer que o que me mata me torna mais forte, mas isso seria mentira...
O que (infelizmente) me mata me torna mais fraca, me torna mais triste. E  eu não gosto de ser triste.
O me mata, me mata aos poucos, em doses homeopáticas.
É um veneno lento que dói enquanto entra nas veias.

Como se fosse passageiro





Como se tudo fosse passageiro ela agia, não se prendia a nenhum tipo de vínculo, nunca namorou, nem noivou, nunca teve compromisso sério.
Nem amigos de longa data.
Mudava de casa a cada três meses, não contentando-se em mudar de bairro, resolveu mudar de cidade, de estado, de país.
Se sentia presa por não mudar de planeta.
Como se tudo fosse passageiro ela sabia um pouco de tudo, não tinha profissão, mas já teve diversos empregos.
Nunca por mais de três meses.
Três era um número mágico.
Era o número da arte.
E arte era a única constante em sua vida.
Ela já o conhecia a três vezes três meses, ela sabia que estava na hora.
Apesar de já ter dormido com ele muito mais de três noites( quebrando as regras), ela ainda o queria.
Ele era músico e nesse tempo já tinha feito pelo menos quatro vezes três músicas pra ela, já havia dito que a a amava.
Isso nunca ninguém tinha feito.
Ela sabia que apesar do calor e dos tremores que sentia, que apesar da sua pulsação acelerar toda vez que pensava nele, ela precisava acabar com isso.
Três vezes três era muito tempo!
Então com se tudo fosse passageiro ela se foi.

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Não faço ideia de quando escrevi isso, mas acho que foi pelos meados de 2009  pelo caderno em que o que, encontrei.

Se eu tivesse escrito isso hoje o final seria diferente. Seria assim:

"Três vezes três era muito tempo!
Foi então que ela descobriu que a arte era uma constante.
E como se tudo fosse passageiro ela transformou seu amor em arte."

15.4.12

...

Pior do que sentir assim, é sentir assim sem ter certeza de porque...

8.3.12

Strip tease


Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente.
Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.
Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.
Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor.

10.1.12

A presença da Ausência

E o nó na garganta não desaperta
Ele é o nó da sua gravata
A gravata que você nunca usou
Eu não vou usar o nó também...
Ainda bem que não tivemos tantos momentos...
Isso faz com que a lembrança de todos eles esteja viva.
Mesmo as ruins...
Mas que família não tem más lembranças não é?
Que família?
Que pai?
O mendigo rastafari que abracei uma vez disse que poderia ser meu pai se eu quisesse...
E agora você disse não.
Quase trinta anos depois você resolveu negar a paternidade.
Dizer que nós não tivemos história.
Sangue não é nada.
Eu deveria te odiar, mas deve haver alguma coisa biológica que me obriga amar você.

Tem alguma coisa na minha voz que me lembra a sua...Cantando.

São os genes dando o recado, eu vou sentir sua falta sempre.

7.1.12

Convite AO MEU NOVO BLOG


"...Uma atriz nunca usa máscara. São dela os rostos que você vê.
Como a água que você bebe, que não era sua antes de você botar pra dentro,
não eram dela as faces antes de ela vesti-las.

Acham uma existência só muito pouco. E aí vivem muitas. E aí, insaciáveis, vivem as nossas, para que possamos nos olhar quando as vemos no palco.

E querem ser amadas! Essa gente representa para ter atenção. Só pedem isso: atenção. Mas colega, aqui entre nós, quem não quer atenção?
Não é isso que difere os atores de nós. É a capacidade deles de reconhecer dentro deles o santo e o monstro.
E expurgar o monstro em cena, para que nós nos livremos dele.

Que ninguém diga que uma atriz não tem personalidade! Claro que tem, colega. É apenas múltipla, como o Rio de Janeiro, que tem mil cidades dentro.
Múltipla, como todo ser humano é.

Atores não mentem. Nós é que mentimos quando fingimos ser uma coisa só. Não ser atriz é passar a vida mentindo. Atuar é assumir, de verdade, mil faces,
duas mil mudanças, três milhões de sentimentos.

São muito acompanhados e solitários, esses seres do palco. Acompanhados, pois andam em bando como alguns pássaros.
E solitários porque às vezes não conseguem se ver no palco, pois não suportam estar na platéia.

Se eles representam a todos nós, colega, quem os representará? É preciso amar essa gente. Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo, fingindo descansar,
inventou atores e atrizes, para que ele mesmo entendesse o que havia criado."


Apareçam no meu canto onde vou contar tudo o que fizer da carreira esse ano...

4.1.12

De volta pra casa



É como se eu quisesse me transformar em música.
Sair da boca, entrar no coração.
Fazer parte das pessoas e vibrar eternamente pelo universo...


2012 em busca da eternidade...


Será que ainda tem alguém aí?
Voltando a postar nesse blog...

8.8.11

Ego?

As vezes acho que só eu me vejo como sou...
As vezes acho que meu coração flutua dentro de um peito transparente...
E ainda assim, as vezes acho que não enxergam meu coração...
As vezes acho que devo ser perfeita ...
Por que as vezes tenho a sensação de que procuram em mim alguém que não sou...
E quando eu acho que isso é coisa da minha cabeça,
Vem alguém e me exige a tal perfeição...
Não quero ser bonita,
Não quero ser boa,
Não quero ser inteligente,
Não quero ser tolerante,
Não quero ser compreensiva...
Acordar todos os dias e partir pra vida pode ser complicado pra burro!

Quero falar das coisas surpreendentes que sinto.
Quero sentir as coisas estranhas que sinto.
Quero me incomodar comigo sem ter que dividir tanto.
Quero as verdades que me tocam a face e que me fazem apertar os olhos,
Quero ser dramática e não quero ouvir que faço tempestade em copo de água...
Porque eu faço...
Apesar de ser quase sempre um céu azul...

22.4.11

Sobre a facilidade de nós

Compreendo que em mim
Nada é tão fácil
Agir, pensar, sofrer
Mesmo sofrer
Em mim
Não é fácil
Tendência caótica
De dramatizar
Até a comédia americana mais boba

é, sou assim
Uma eterna tragédia grega….

Compreendo

Mas também acho
Que não sou piegas
Ou sem auto-estima
Não me faço
De coitadinha
Só gosto mesmo da
Tragédia pela tragédia
O grande barato
Da dramatização

Afinal de contas
Assim difícil
É que me torno fácil
Desmoronada
E que me torno inteira

Portanto compreendo
Que nada em mim é fácil

Sou a contradição

E sendo fora de mão
sou sempre tua por inteiro
mesmo que não me compreenda
mesmo que não me atenda
porque eu sei
que se não sou fácil
você é mais difícil
e juntas
somos insuportáveis
insuportavelmente
apaixonadas

e isso
meu bem
isso,
ahhhhh, isso é que não é nada, mais nada mesmo
fácil…...

12.3.11

O fantasma dos poemas não acabados

Tenho lido bastante ultimamente, estou tentando bater a meta dos 50 livros por ano.
Mas o assunto dessa prosa aqui não é esse, o que quero dizer é que tenho lido bastante e até me lido bastante,descobri que estou sendo assombrada por um fantasma,uma coisa que persegue não só a mim, mas também meus amiguinhos, meus colegas de profissão, aquela profissão que você gostaria de ter e não tem.
Ser poeta!
Assim como eu, muitos de meus amigos gostam de escrever e tem gente que gosta do que eles escrevem, não estou aqui elogiando nem a mim e nem a eles, essas linhas aqui não se tratam disso, só quero dizer que tem gente que leria SE nós escrevessemos. Acontece que tem sempre uma coisa ou outra, pode ser poema, prosa, poesia, conto sei lá... sempre tem uma coisa inacabada que não deixa o escritor terminar a outra.
Tenho peças, livros, contos pela metade ou menos.
É eles me perseguem e eu não posso mostrar a ninguém, não tá pronto ainda!
Mas o escrito é vaidoso, ele quer se mostrar é só pra isso que ele vive, ele quer que o leiam, uma "pessoazinha" se quer, mas não tá pronto!
Daí ele começa a perturbar a cabeça, fica naquele mantra interminável: "Me escreve, me escreve", mas já era aquela inspiração já passou, você não é mais aquele autor, o momento de escrever passou, não adianta continuar aquele livro adolescente que se confundia com a sua vida, a adolescencia já passou e você não a registrou, agora já se esqueceu...Azar o seu! Perdeu,perdeu! Podia ter publicado e tudo aquele livro...Mas agora vai ficar horrível...meu Deus eu não sei mais escrever assim!
E aí perdidos nas linhas, nos títulos sem textos, nos textos que "Só faltam o título" nós vamos nos perdendo e perdendo obras geniais! "Caios Fernandos Abreus" e "Martas Medeiros" vão se perdendo no caminho do "eu não terminei ainda" e nós nunca o leremos.
Vou postar aqui algo inacabado e pretendo acabar com a ditadura do fim, afinal que nos obriga a dar sentido as coisas? Porque tudo tem que ter começo, meio o fim!
Quero dar um fim no fim! de hoje em diante não quero mais saber de fim e FIM DE PAPO!


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Época de Araruama

Época de felicidade
Época de praia
Época de sol
Época de amigos
Época de parquinhos
Época de laguinhos
Época de cachorros
Época de churrasco
Época de aniversário
Época de família
Época de ducha
Época de jogos
Época de brincadeira
Época de carros e motos
Época de camas fofinhas


P.S. escrevi isso aos sete anos de idade, papel amarelado e letra horrorosa, queria ter podido terminar...

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