E o nó na garganta não desaperta
Ele é o nó da sua gravata
A gravata que você nunca usou
Eu não vou usar o nó também...
Ainda bem que não tivemos tantos momentos...
Isso faz com que a lembrança de todos eles esteja viva.
Mesmo as ruins...
Mas que família não tem más lembranças não é?
Que família?
Que pai?
O mendigo rastafari que abracei uma vez disse que poderia ser meu pai se eu quisesse...
E agora você disse não.
Quase trinta anos depois você resolveu negar a paternidade.
Dizer que nós não tivemos história.
Sangue não é nada.
Eu deveria te odiar, mas deve haver alguma coisa biológica que me obriga amar você.
Tem alguma coisa na minha voz que me lembra a sua...Cantando.
São os genes dando o recado, eu vou sentir sua falta sempre.
2 comentários:
A ausência é presente sempre, e o poema endossa.
que bom que gostaste do texto lá no meu blog. brigado pela audiência hehehe
Postar um comentário